Professores de Estância mantêm paralisação das atividades
Na próxima sexta-feira, 27, haverá assembléia do Sintese para serem discutidas questões relativas ao andamento da greve.
Professores da rede municipal de ensino público do município de Estância mantêm a paralisação das atividades, que nesta quinta-feira, 26, completa um mês. Na próxima sexta-feira, 27, haverá nova assembléia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) para serem discutidas questões relativas ao andamento da greve.
Em outra reunião realizada nesta última terça-feira, 24, os professores deliberam a continuidade da greve. De acordo com a coordenadora do Sintese em Estância, Ivônia Aparecida Ferreira, o prefeito ainda não mostra preocupação com a situação da classe. “O caso está tão grave que o bispo D. Marcos Eugênio, sensibilizado com tudo que está acontecendo, está tentando manter uma conversa com o prefeito para que um consenso seja alcançado”, explica.
Ivônia esclarece que a greve não questiona o pagamento do piso aos professores, mas exige que direitos como a Regência de Classe, por exemplo, sejam garantidos pela administração pública. “Essa regência, sendo um direito do magistério, estimula os professores a se manterem dentro da sala de aula. É o reconhecimento de um trabalho feito com muito esforço. Nós recebemos o piso, mas para isso foram cortados nossos direitos. Então a greve continua”, aponta.
Prefeitura de Estância
Ivonia Aparecida, coordenadora do Sintese em Estância |
O prefeito acrescenta que o valor os professores municipais recebem é maior até do que o salário de muitos docentes da rede particular de ensino no município. “Só para ter uma idéia, muitos professores de escolas particulares daqui ganham R$560 por mês de piso, muito menor do que os profissionais das escolas municipais públicas de Estância”, explica.
Ivan Leite, prefeito de Estância (Foto: Márcio Dantas) |
O prefeito diz que terá de entrar com um documento protocolado no Ministério Público, para tentar solucionar o impasse com os professores. “Muitas coisas na educação pública em Estância tem melhorado nos últimos anos. Férias pagas, 13º salário pago, licença prêmio, e tantos outros investimentos já beneficiam esses professores. Não entendo o motivo de tamanha atitude”, conclui Ivan.
Assembléia
A reunião realizada pelo Sintese será realizada na próxima sexta-feira, 27, a partir das 14h, na sede do Senai, em Estância.
Por Victor Hugo e Raquel Almeida