Equipe do JN no Ar chega a Nossa Senhora do Socorro nesta Segunda

27-09-2010 15:36

 

O município de Nossa Senhora do Socorro foi sorteado na noite deste domingo, 26, no Fantástico e vai receber nesta segunda-feira, 27, a Equipe do Jornal Nacional, comandada pelo jornalista Ernesto Paglia. Iniciado no dia 23 de agosto, o quadro visita sua 24ª cidade, restando apenas três cidades para o fim dos trabalhos que devem ser finalizados nesta quinta-feira, 30.

A equipe do JN no ar é composta por oito jornalistas, sendo dois repórteres cinematográficos, dois técnicos, um editor de imagens, um editor de intenert, um chefe de produção e o repórter Ernesto Paglia. Além dos profissionais da comunicação do JN no ar, mais um comandante, um co-piloto, uma comissária de bordo, outro piloto e um mecânico completam a equipe do quadro.

Para mostrar o máximo de informações sobre as cidades visitadas e com uma média de 4 a 5 horas de produção a equipe se divide em dois grupos. O repórter Ernesto Paglia conta a experiência de realizar um trabalho como esse em Sergipe.

"É interessante ver que em Sergipe o crescimento da capital transbordou para o município de Socorro. No pouco tempo que pude observar percebi uma grande movimento de implantação de empresas e indústrias, mas sem descartar os desafios que impõe o desenvolvimento", comenta.

Questionado por nossa equipe sobre a experiência de viver uma nova maneira de reportar o país, Ernesto revela que esse quadro trouxe a oportunidade de retornar e até mesmo conhecer outros lugares do país. "É um estímulo novo para minha carreira, pois em muitos casos estou retornando, vendo lugares que não visitava há um bom tempo. Aracaju é um desses lugares que inclusive cresceu muito. Eu não conheço os problemas, mas a parte visível está bem interessante", revela.

De três semanas para cá, o Brasil filtrado pelas lentes ufanistas da propaganda política tem sido confrontado com a realidade no Jornal Nacional. No quadro JN no Ar, o noticiário da Globo realiza a cada edição uma espécie de blitz jornalística, com o intuito de verificar as conquistas e mazelas do chamado “Brasil profundo”. O repórter Ernesto Paglia e uma equipe de profissionais passam um dia em uma cidade do interior, conferindo de perto seus problemas. Na mesma noite em que a reportagem é exibida, Paglia acompanha ao vivo o sorteio do lugar a ser visitado no dia seguinte.

Por onde andou, a equipe flagrou hospitais públicos inoperantes, estradas em frangalhos, saneamento precário ou inexistente, obras inacabadas e altas taxas de analfabetismo. O experiente Paglia impressionou-se, em particular, com a situação da saúde em lugares como Guarapari, no Espírito Santo. “Embora a cidade tenha mais de 100.000 habitantes e receba 600.000 visitantes entre o Ano-Novo e o Carnaval, quem precisa de atendimento medico pelo SUS só pode contar com 69 leitos de pequenos hospitais privados conveniados. E nenhum deles é para emergências”, relata.

A proposta do JN no Ar vai além de denunciar mazelas. Paglia e sua equipe também vêm encontrando experiências positivas — ainda que boa parte delas se deva à boa vontade do cidadão comum. Na abandonada São Sebastião, cidade satélite de Brasília, Paglia descobriu a eficiência de um projeto de alfabetização conduzido por um morador movido apenas pelo interesse no progresso do lugar em que vive. Se, apesar desses exemplos alentadores, ao final de cada JN no Ar fica a impressão de que este ainda é um país com problemas imensuráveis, é porque o quadro não abdica da função primordial do jornalismo 

 

Fonte: Emsergipe.Com